terça-feira, 19 de julho de 2011

DOMINGÃO AVENTURA FALA SOBRE AS ÁGUIAS

Agora no palco, o Domingão Aventura vai mostrar tudo sobre as águias. O fotógrafo Haroldo Palo Jr., e também um dos mais famosos documentaristas, mostrou as características dessas aves e os seus mais diversos tipos espalhados pelo mundo. O programa vai revelar, também, a harpia, uma águia brasileira.

O fotógrafo começou esclarecendo que águia tem no mundo todo. “Só na Antártida, nas regiões frias é que não tem, porque é um ambiente muito diferente do que ela está acostumada”, revelou.
A maioria das águias é encontrada no Hemisfério norte, acima da Linha do Equador. Mas Haroldo ressalta que cada localidade apresenta um tipo de águia diferente e com certas especificidades.
“As águias européias são bem astutas para ‘comer o jabuti’. Ela decola e joga o casco lá de cima para poder rachar a casca para abrir e comer. Num mergulho desses a ave pode atingir até 200 km/h. Ela leva depois o jabuti para o ninho e alimenta os filhotes”, contou Haroldo.
As águias têm envergadura de 2,20m e 2,40m e todas têm basicamente o mesmo tamanho. E foi essa ave tão grande que se tornou símbolo dos americanos. O documentarista ressaltou que as águias da América do Norte não se alimentam de animais muito grandes.
“Elas se alimentam de peixes e a captura é dentro d’água, na superfície. Ela luta com outras águias pelo peixe, mas come sozinha. No máximo vai levar para um filhote, não divide com amigos do mesmo grupo”, afirmou.
Haroldo Palo Jr. contou que a ave de rapina da Ásia e Índia só cria um filhote por vez. “Quando nascem dois filhotes, um vai morrer, porque não tem espaço para dois no ninho. A alimentação desses animais tem que ser em grande quantidade, por isso caçam em casais. Além disso, eles têm uma visão perfeita para longas distâncias.”
O fotógrafo comentou ainda sobre as águias africanas, além de possuírem penas diferentes, a técnica de caça dessas águias também é diferenciada. “É mais difícil pegar um flamingo no meio da turma do que separado. A técnica dessa ave é separar o mais fraco do grupo para poder atacar. Ela assusta os flamingos, os mais fracos não conseguem seguir os mais fortes e captura. Ela prefere capturar na água e no chão, não pega no ar”, revelou.
Segundo Haroldo, as águias australianas também caçam na água. “Na região norte da Austrália o mar é mais quente e para capturar a serpente marinha, as águias atacam primeiro pela cabeça, não podem morder por causa do veneno da serpente. As garras penetram no corpo da cobra e segura o corpo de forma que o animal não se mova”, contou.
É no Brasil, porém, que as águias apresentam mais características próprias. A Harpia, como também é conhecida, é uma entidade mitológica grega. E o Gavião Real, outro nome dado para essa ave, é de origem indígena. Mas esse não é um animal fácil de ser encontrado. O documentarista explicou tudo sobre a ave brasileira.
“O que mais me impressionou foi a dificuldade, porque ele não aparece. É a mais poderosa e a maior, tem um metro de altura. A asa é feita para voar dentro da mata e pegar grandes presas. Ela mata macacos grandes, preguiças, leva veados do chão para o alto da árvore. Essa ave está extinta em grande parte do Brasil.”
Haroldo revelou como os hábitos de caça dessa ave podem alterar a população de outras espécies em determinados locais. “Como ela é uma predadora de topo de cadeia, nas florestas em que não têm essas águias, como o Rio, tem populações demais de macacos. Muitos macacos comem muitas frutas e sementes e a floresta ‘míngua’.”
E há diferença também entre os machos e fêmeas dessa espécie de ave. “A fêmea pode matar macacos de até 8 quilos. Encontramos no ninho cabeça de veado, macaco, tucanos, garças… elas pegam praticamente tudo o que tem dentro da floresta”, afirmou o fotógrafo.



O apresentador do Domingão Aventura viveu ainda uma experiência incrível com a Harpia brasileira. “Entramos em uma gaiola de um criador com 20 anos de experiência, o Roberto Azeredo, para ver de perto a harpia e só foi possível entrar porque nós levamos comida, senão nós seríamos a comida. E a fêmea chama o macho gritando pedindo comida. A pena eriçada funciona como uma antena parabólica, para ajudar na audição”, revelou.

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