terça-feira, 26 de julho de 2011

SUÇUARANA INVADE QUINTAL E É CAPTURADA POR BOMBEIROS NO INTERIOR DE SP


Bombeiros, policiais militares e ambientais de Presidente Epitácio (675 km de São Paulo) levaram pelo menos oito horas para capturar uma suçuarana, também conhecida como onça-parda, que invadiu o quintal de uma casa na segunda-feira (25).
O armador de ferragens Carlos Alberto da Costa e Silva, morador do imóvel, deu de cara com o animal por volta das 7h, ao sair para colocar o lixo na rua. Ele achou que o que viu era um cachorro, mas um vizinho o alertou que se tratava de uma onça.
“A primeira coisa que fiz foi correr para dentro de casa e proteger minha família. Lá estavam duas netinhas e minha mulher”, disse Silva. Mas o animal não demonstrou agressividade, como no caso de um leopardo que, na semana passada, feriu 11 pessoas e acabou morto pouco depois, em um vilarejo na Índia.
A onça só demonstrou irritação ao ser alvejada quatro vezes com dardos contendo tranquilizantes. A captura, que contou com 20 pessoas, entre policiais, um veterinário e uma bióloga, ocorreu por volta das 15h. O animal só foi dominado no período da tarde porque em Presidente Epitácio não havia dardos com tranquilizantes. O material teve de ser trazido de Presidente Prudente, a 120 km de distância.
Enquanto isso, a onça, um macho jovem, permaneceu deitada o tempo todo no fundo do quintal da casa. Nem a presença de curiosos nas imediações a incomodou.
O fato de o bicho ter aparecido na cidade pode estar associado com a falta de alimento nas matas próximas, segundo o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). A onça-parda, também conhecida como suçuarana, tem hábitos noturnos.
Após passar por exames, o animal foi solto no Parque Estadual do Morro do Diabo, que possui 800 mil hectares e está localizado em Teodoro Sampaio, município às margens do rio Paranapanema, na divisa com o Paraná.

Fonte: Site UOL - 26/07/2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O BICHO DA VEZ É "CORUJA"

A coruja é uma ave que desperta a curiosidade de humanos de todas as culturas. Desde os antigos gregos aos índios que habitavam as Américas no século XV, ela representou algo estranho, misterioso. Vários povos têm lendas sobre essas aves, atribuindo-lhes superpoderes, talvez por serem do tipo animal noturno, que prefere se movimentar quando o sol se põe, recolhendo-se quando ele nasce.
Existem muitas espécies de corujas, são conhecidas cerca de trezentas. Elas variam no tamanho e nas cores, mas todas revelam habilidades especiais que vamos listar agora. Têm olhos que garantem excelente visão no escuro. Suas penas são ligeiramente desfiadas nas pontas, o que lhes reduz o atrito com o ar e garantem voo silencioso: é assim que conseguem atacar os inimigos sempre de surpresa. O ouvido interno é muito potente e capta ruídos que passam despercebidos aos humanos. Seu pescoço é muito flexível e assim elas podem ver o que se passa ao redor movendo-o quase em 360 graus. As garras são muito afiadas e fortes, possibilitando que cacem as presas com facilidade. O bico pequeno e curvo esconde uma boca grandona capaz de engolir um rato inteiro. Elas exibem ainda o poder de se camuflar, imitando a cor do ambiente onde se encontram. Algumas espécies do Amazonas podem ficar acinzentadas no meio das folhas secas e outras se tornam branquinhas nas regiões geladas, confundindo-se com o gelo.
Corujas são encontradas no mundo inteiro. Alimentam-se de insetos, roedores, aves, peixes. Vivem até trinta anos.
Muitos escritores já escreveram a respeito de corujas e as transformaram em personagens. Kathryn Lasky é uma delas. Seu livro A Lenda dos Guardiões transformou-se num filme que você pode encontrar nas locadoras. É muito bom!

Fonte: Jornal Comércio da Franca-21/07/2011.

terça-feira, 19 de julho de 2011

DOMINGÃO AVENTURA FALA SOBRE AS ÁGUIAS

Agora no palco, o Domingão Aventura vai mostrar tudo sobre as águias. O fotógrafo Haroldo Palo Jr., e também um dos mais famosos documentaristas, mostrou as características dessas aves e os seus mais diversos tipos espalhados pelo mundo. O programa vai revelar, também, a harpia, uma águia brasileira.

O fotógrafo começou esclarecendo que águia tem no mundo todo. “Só na Antártida, nas regiões frias é que não tem, porque é um ambiente muito diferente do que ela está acostumada”, revelou.
A maioria das águias é encontrada no Hemisfério norte, acima da Linha do Equador. Mas Haroldo ressalta que cada localidade apresenta um tipo de águia diferente e com certas especificidades.
“As águias européias são bem astutas para ‘comer o jabuti’. Ela decola e joga o casco lá de cima para poder rachar a casca para abrir e comer. Num mergulho desses a ave pode atingir até 200 km/h. Ela leva depois o jabuti para o ninho e alimenta os filhotes”, contou Haroldo.
As águias têm envergadura de 2,20m e 2,40m e todas têm basicamente o mesmo tamanho. E foi essa ave tão grande que se tornou símbolo dos americanos. O documentarista ressaltou que as águias da América do Norte não se alimentam de animais muito grandes.
“Elas se alimentam de peixes e a captura é dentro d’água, na superfície. Ela luta com outras águias pelo peixe, mas come sozinha. No máximo vai levar para um filhote, não divide com amigos do mesmo grupo”, afirmou.
Haroldo Palo Jr. contou que a ave de rapina da Ásia e Índia só cria um filhote por vez. “Quando nascem dois filhotes, um vai morrer, porque não tem espaço para dois no ninho. A alimentação desses animais tem que ser em grande quantidade, por isso caçam em casais. Além disso, eles têm uma visão perfeita para longas distâncias.”
O fotógrafo comentou ainda sobre as águias africanas, além de possuírem penas diferentes, a técnica de caça dessas águias também é diferenciada. “É mais difícil pegar um flamingo no meio da turma do que separado. A técnica dessa ave é separar o mais fraco do grupo para poder atacar. Ela assusta os flamingos, os mais fracos não conseguem seguir os mais fortes e captura. Ela prefere capturar na água e no chão, não pega no ar”, revelou.
Segundo Haroldo, as águias australianas também caçam na água. “Na região norte da Austrália o mar é mais quente e para capturar a serpente marinha, as águias atacam primeiro pela cabeça, não podem morder por causa do veneno da serpente. As garras penetram no corpo da cobra e segura o corpo de forma que o animal não se mova”, contou.
É no Brasil, porém, que as águias apresentam mais características próprias. A Harpia, como também é conhecida, é uma entidade mitológica grega. E o Gavião Real, outro nome dado para essa ave, é de origem indígena. Mas esse não é um animal fácil de ser encontrado. O documentarista explicou tudo sobre a ave brasileira.
“O que mais me impressionou foi a dificuldade, porque ele não aparece. É a mais poderosa e a maior, tem um metro de altura. A asa é feita para voar dentro da mata e pegar grandes presas. Ela mata macacos grandes, preguiças, leva veados do chão para o alto da árvore. Essa ave está extinta em grande parte do Brasil.”
Haroldo revelou como os hábitos de caça dessa ave podem alterar a população de outras espécies em determinados locais. “Como ela é uma predadora de topo de cadeia, nas florestas em que não têm essas águias, como o Rio, tem populações demais de macacos. Muitos macacos comem muitas frutas e sementes e a floresta ‘míngua’.”
E há diferença também entre os machos e fêmeas dessa espécie de ave. “A fêmea pode matar macacos de até 8 quilos. Encontramos no ninho cabeça de veado, macaco, tucanos, garças… elas pegam praticamente tudo o que tem dentro da floresta”, afirmou o fotógrafo.



O apresentador do Domingão Aventura viveu ainda uma experiência incrível com a Harpia brasileira. “Entramos em uma gaiola de um criador com 20 anos de experiência, o Roberto Azeredo, para ver de perto a harpia e só foi possível entrar porque nós levamos comida, senão nós seríamos a comida. E a fêmea chama o macho gritando pedindo comida. A pena eriçada funciona como uma antena parabólica, para ajudar na audição”, revelou.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

CURSO DE ORNITOLOGIA EM MONTE BELO-MG

CO Instituto Sul Mineiro de Estudos e Conservação da Natureza (ISMECN) irá promover o Curso de Ornitologia – Da Teoria ao Campo.

As aulas serão realizadas nos dias 03 e 04 de setembro de 2011, na RPPN Fazenda Lagoa, no município de Monte Belo, sul de Minas Gerais. A cidade fica a cerca de 30 km de Alfenas. Terão descontos as inscrições feitas até o dia 15 de maio.



quarta-feira, 6 de julho de 2011

EM BUSCA DE NOVAS ESPÉCIES



No dia 21/06/2011 o Francaves foi matéria no Jornal Comércio da Franca
Segue abaixo a matéria completa


“Divulgar e conhecer para preservar”. Com este lema nasceu em 2010 a ONG Instituto Ecológico Francaves que reúne três biólogos e dois fotógrafos especialistas em meio ambiente. Apaixonados pela natureza o grupo, que levou quase três anos para se tornar uma organização não governamental, dedica boa parte do tempo em observar e catalogar aves existentes tanto na zona urbana de Franca como nas matas da região. A dedicação da equipe resultou, até o momento, em quase 200 espécies catalogadas que estão expostas no site www.francaves.com.br. Mas em breve, as imagens devem ir parar nas páginas de um livro que a ONG batalha para conseguir publicar.
Enquanto esse sonho não é concretizado, os biólogos Kelly Torralvo, Gustavo Garcia, Carlos Amorim e os fotógrafos e ambientalistas, Leandro Borges e Douglas Fernando, seguem trabalhando em prol da preservação das espécies. E o grupo não se dedica apenas às aves. “Fazemos também um levantamento de fauna nas propriedades rurais. Na Fazenda Santa Cecília, em Patrocínio Paulista, promovemos educação ambiental e procuramos vestígios de animais silvestres”, disse Kelly.
O grupo pode ser visto ainda nas regiões dos residenciais Campo Belo e Amazonas no Parque dos Trabalhadores, em Franca, e nas proximidades da Usina de Peixoto, em Ibiraci (MG). “Na verdade estamos sempre observando. Se estamos dirigindo ou andando e nos deparamos com um pássaro paramos para olhar e fotografar. Uma vez encontrei um conhecido como ‘soldadinho’. No momento não sabia se arrumava a máquina ou se tirava logo a foto com medo dele ir embora”, disse Gustavo. Kelly completou: “Há várias semanas, estava procurando vestígios de animais silvestres (consiste em procurar pegadas e fezes) e não tinha encontrado nada. Fiquei eufórica quando encontrei pegadas de um tamanduá. Não sabia se fazia anotação ou o molde da pegada. Mas para fazer isso é preciso gostar muito”.

DIFICULDADES
A ONG ainda enfrenta muitas dificuldades financeiras e luta para conseguir sede. Para isso busca firmar parcerias com prefeituras e empresas ligadas a questão ambiental. “Por enquanto, todos os integrantes têm outro trabalho, mas gostaríamos de dedicarmos somente à ONG”, afirmou Kelly. A organização tem um canal na internet com informações sobre como doar e ajudar. O endereço é www.francaves.com.br, francaves@francaves.com.br.

Atividades da ONG
Levantamento de fauna para propriedades rurais
Educação ambiental junto a escolas desenvolvido na Fazenda Santa Cecília, em Patrocínio Paulista
Cursos e palestras
Consultoria em geral para empresas, prefeituras, propriedades particulares e escolas
Acompanhamento de animais exóticos que vivem em cativeiro com o desenvolvimento de trabalhos para melhorar o bem-estar dos mesmos

Parcerias
O Instituto Ecológico Francaves tem parceria com o Instituto Reserva Natural e busca apoio de prefeituras e empresas ligadas à questão ambiental

Ações desenvolvidas
-Programa Monitoramento do Urubu Rei - tem como objetivo observar a existência da avena região de Franca e no sul de Minas Gerais.
-Projeto Nascente das Gerais que objetiva à identificação de espécies de animais, não só de aves, do circuito nascentes das gerais englobando os municípios mineiros de Sacramento, Delfinópolis e Ibiraci.
-Projeto Ilhas de Biodiversidade - identificar as aves que vivem dentro da área urbana de Franca. Desenvolvido em parceria com o Instituto Reserva Natural. São avaliadas as características relacionadas a qualidade de conservação ambiental, fauna e flora remanescentes como indicadores ambientais.

Projetos futuros
-Lançamento de um livro com as aves encontradas e catalogadas na região de Franca para ajudar na identificação
-Conseguir sede própria
-Firmar parcerias

Contatos
Quem quiser conhecer o trabalho da ONG Instituto Ecológico Francaves pode acessar o site
www.francaves.com.br

Para contatos e doações basta ligar para:
(16) 9195-4819 - Gustavo Garcia
(16) 9122-4376 - Kelly Torralvo

Fonte:- Jornal Comércio da Franca - 21/06/2011
Reportágem:- Patricia Paim
Foto: Fael Andrade