quinta-feira, 25 de outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

FAUNA WATCHING EM IBIRACI-MG


Wildlife Watching in Ibiraci-MG
Observacion de la vida silvestre en Ibiraci-MG
 
O cerrado brasileiro é, de longe, o principal atrativo da rota de hoje. Subir até os planaltos de Ibiraci,  em Minas Gerais, com uma altitude média de a 1.200 metros, é o objetivo de muitos observadores de fauna ou turistas que visitam a região. E não é pra menos. Todo mundo quer ver com os próprios olhos o que a natureza tem a mostrar. Há até quem arrisque caminhar pelas trilhas existentes nas fazendas ou ranchos durante a noite.
 
Placa informativa na região
 
Acesso principal asfaltado
 
E o melhor de tudo é que nós encontramos sempre por lá o nosso queridoSarcoramphus papa, nem precisamos sair muito de longe das casas que seguem o curso do Rio Grande, um dos principais componentes da Bacia do Rio Paraná. Desde 2007, com o grande auxílio do amigo e ambientalista Douglas Fernando fizemos nossa primeira aventura (aqui já relatada) em busca do tão sonhado urubu que nesta foi identificado na trilha mineira que era exclusiva de seu majestoso lar em Sacramento. Fácil é maneira de dizer, quando se caminha pelo mato. Chegar ao local depende de um veículo e muita perna para o grande calor que faz durante o dia. Existem muitos ranchos e quem conhece alguém que possua um por lá fica bem mais fácil planejar sua caminhada e conseguir autorização pra entrar nas propriedades particulares. Para mim, esse foi um dos melhores lugares para se observar a fauna de lá, sendo imprevisível a cada passo, você não sabe a surpresa que te espera. A trilha mais difícil que fiz até hoje foi a da cachoeira. Até que pra quem tem costume é moleza. Porém tem muitas pedras escorregadias e a cachoeira é muito íngreme, dificultando um pouco a subida. Acumulei uma relativa experiência em trilhas nas minhas últimas viagens pelo Brasil, e pela América do Sul, incluídos  aqui em alguns relatos antigos e outros novos por vir desde blog.
 
Trilha na cachoeira
 
Cachoeira
 
Aspécto da área alta cerrado
 
O percurso é bastante acidentado e íngreme. Mas pela estradinha principal pode-se caminhar por asfalto. Na subida de um dos morros, a gente sofre com a falta de ar por causa da altitude, já que a caminhada inteira é feita em região com mais de mil metros. Quem já andou por lá sabe que muitas espécies de animais é possível observar... como: urubus rei (Sarcoramphus papa), Pato do Mato (Cairina moschata), Seriema (Cariama cristata), Campainha azul (Porphyrospiza caerulescens), o Melro (Gnorimopsar chopi), a Águia chilena (Geranoaetus melanoleucus) o Bicudo (Oryzoborus maximiliani), o Narcejão (Gallinago undulata), o Caburé acanelado (Aegolius harrissii) e o Soldadinho (Antilophia galeata) são algumas delas. Por lá, você caminha mais um pouco afastado e pode-se observar também a Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), o Mão pelada (Procyon cancrivorus), o Macaco prego (Cebus apella), o Mico (Callitryx penicilatta), o Ratão do banhado (Myocastor coypus) além do Gato do mato (Leopardus tigrinus) e o imponente Lobo guará (Chrysocyon brachyurus). Com alguma sorte podemos ver alguns répteis e anfíbios também.  

Aegolius harrissii (Foto: C.Fadel)
 
Myocastor couypus (Foto: Anderson Carvalho)
 
Leopardus tigrinus (Foto: Zoovirtua)
 
Na margem do Rio Grande, a pé, podem-se percorrer os 8,2 km de caminhada por estradinha de asfalto, 2,4 km de subida forte pelo cerrado, ou os 390 m da cachoeira (sem subir o paredão). Mas, por isso mesmo, diz-se que, por aqui, o visual das trilhas é mais belo e calmo. Você já começa andando bem no meio das montanhas e, em quase todo o percurso, para até fotografar ou observar um animal, além de ter uma visão ampla da paisagem. Recomendadíssimo o passeio por lá.
 
Rio Grande
 
Borboleta (Foto: Cadu Amorim)
 
 
 

Fonte: Prefeitura de Ibiraci / Douglas fotos / Google / IEFRA / FURNAS/PUB
Agradecimentos: Douglas Fernando / Zoovirtual / Anderson Carvalho / C. Fadel

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

BIRDWATCHING EM UMA MATA URBANA

Birdwatching in an urban jungle
Observación de aves en una selva urbana

Nesta última passarinhada do PUB, como de costume, o dia estava lindo e é claro que a paisagem também. Entre todas as possibilidades, concentrei-me em uma espécie, o de costume Sarcoramphus papa, conhecido popularmente como Urubu rei. Que beleza de espécie, essas aves ficam geralmente em voo nas correntes térmicas. Porém hoje não deu o ar da graça. Eles são assim, gostam de ser misteriosos e aguçar nossa ambição em observa-los. Ainda bem que o local que estou hoje é bem propício e o dia jamais seria em vão. A maioria das aves que aqui são observadas ficam no alto, entre os galhos, dificultando a visualização, mas dá para ouvir e sua vocalização e com certa paciência conseguimos identifica-las. Porém também é fácil ver os frequentadores aquáticos que se utilizam do represamento das águas para descanso ou se alimentar.
 
Aspécto da área
 
Longos dias a madrugar e incansáveis fins de tarde para acompanhar os amigos do Clube de Observadores de Aves de Franca com a pesquisa sobre as aves deste sitio. Inicialmente, um total de 80 espécies de aves foi registrado nesta pequena área Florestal no interior de São Paulo. O levantamento foi realizado utilizando-se de métodos de amostragem quantitativos (pontos fixos). O número de espécies registrado é importante, pois esta área fica no meio do centro urbano com aproximados três hectares. Existe uma grande heterogeneidade da avifauna na mata, sendo mais marcante por ser um trecho de mata secundária e com espécies exóticas. Este Oasis é muito importante para a manutenção hídrica da região, pois possui uma nascente que forma um córrego que acaba por desaguar no principal rio da cidade, o Cubatão. O local tem acesso restrito, ao qual conseguimos autorização devido o proprietário admirar a natureza e nosso trabalho, assim fica fácil e mais gostoso.
 
Observando as aves na mata fechada
 
Observando aves no trecho aberto
 
 Das principais espécies observadas temos o Verão (Pyrocephalus rubunus), o Gavião bombacha (Accipiter bicolor), a Maracanã (Orthopsittaca manilatta), esta muito rara e surpresa em aparecer na região. Como somente foram observadas em voo, conseguimos ver sua característica de face amarelada e seu abdômen vermelho. Sempre no fim do dia passavam voando por lá. Também observamos o Arapaçú do cerrado (Lepdocolaptes angustirostris), a Bandoleta (Cypsnagra hirundinacea), a Curicaca (Theristicus caudatus), a Saíra viúva (Pipraeidea melanonota), o Papagaio (Amazona amazonica), e o Caburé acanelado (Aegolius harrissi) entre outros. Apesar de não aparentar, a nascente foi represada para a criação de peixes pelo proprietário que teve uma tentativa fracassada de montar um pesque pague, se não dá certo por um lado, dá por outro. As aves comemoram. Formou-se um ecossistema perfeito...água e mata, consequentemente a presença dos animais. Alguns indivíduos de peixes ainda vivem no local se reproduzindo naturalmente, atraindo as aves pescadoras como a Garça Branca Grande (Ardea alba), o Socó boi (Botaurus pinnatus) além do Martim pescador (Chloroceryle amazonica).
 
Pipraeidea melanonota (Foto: M.Ruiz)
 
Área represada
 
Turdus leucomelas ferido
 
Muitas outras espécies vivem e dependem deste pequenino local com sua importância magnânima. Muitas outras vezes estivemos no lá e outras muitas espécies ainda estão para serem identificadas, como pequenos mamíferos (Roedores e Marsupiais), repteis e anfíbios, além de inúmeros invertebrados. Um incidente ruim também ocorreu neste dia. Um Sabiá barranco (Turdus leucomelas) foi encontrado ferido, provavel ataque de gavião, e consegui captura-lo com facilidade. Após alguns minutos de repouso e proteção, foi devolvido a natureza voando com firmeza. Mas esta, conto em uma nova expedição nossa por lá, até breve.
 
Compilação dos dados do dia com Marcelo Marques

Athene cunicularia (Foto: Marcelo Marques)
 

 
Fonte: CBRO / Google / IEFRA / Polícia Militar Ambiental de São Paulo /PUB
Agradecimentos: Marcelo Marques / Roni / Marcio Ruiz
 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

OPERAÇÃO DA AMBIENTAL APREENDE 29 PÁSSAROS SILVESTRES NA REGIÃO

A Polícia Militar Ambiental realizou, das 8 horas às 18 horas de ontem, a Operação Bicho Solto, com o objetivo de recolher pássaros silvestres presos em gaiolas e cativeiros. Vinte e nove denúncias anônimas foram averiguadas em Franca e cidades vizinhas. Ao todo, foram apreendidos 29 pássaros da fauna da região e uma espingarda calibre 32. Foram lavradas nove multas, totalizando o valor de R$ 31.500.

Dezesseis policiais de Franca, Orlândia e Ituverava, da 3ª Companhia do 4º Batalhão de Polícia Ambiental, foram divididos em sete equipes e estiveram nas ruas. A operação foi realizada ontem por ser o dia de São Francisco de Assis, o protetor dos animais e padroeiro da ecologia

“Nós acumulamos as denúncias durante um tempo para que a gente desencadeie essas operações com certa periodicidade”, disse o tenente Rodrigo Antônio, comandante interino da 3ª Companhia. Além dos animais, foram apreendidas várias gaiolas e armadilhas utilizadas na captura dos animais. “Um apetrecho muito comum é o alçapão. A multa varia de R$ 500, referente a um pássaro silvestre nativo que não está ameaçado de extinção, e pode chegar a R$ 5 mil por unidade”, explicou o tenente Rodrigo Antônio.

A Polícia Ambiental pede que as denúncias continuem sendo feitas através do telefone            (16) 3724-5022      , referente ao pelotão de Franca, ou pelo disque-denúncia 0800-555-190. “Por mais que nós temos efetivos nas ruas, não podemos estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Pedimos que as pessoas nos auxiliem”, finalizou o policial.





Fonte: Jornal Comércio da Franca 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

EXPEDIÇÃO BETREZEMA


Shipping Betrezema
Expedición Betrezema

No mercado dos laticínios uma grande clientela que mantém a fidelidade através de anos, atraídos pelo tratamento carinhoso, dedicado e competente tem experimentado cada vez mais o saboroso queijo mineiro, produzido artesanalmente por seus proprietários do leite colhido das dezenas de búfalas criadas na Fazenda Betrezema. 

Gado Bubalino criado na fazenda



Com prazer, que todaa família Oliveira convida aos visitantes sempre a participar da elaboração de um processo de fabricação do queijo de Búfala. Assim, através do“poder sentir”, é que se pode provar o saboroso queijo e comprar para saborear de volta ao lar. A essência do sucesso é: reunir dedicação desde a criação dos animais, a colheita do leite e o comprometimento com a arte de bem receber e, principalmente,por serem apaixonados pelo que fazem.



Capela centenária
Aspécto da Fazenda

Situada em uma área totalmente arborizada, que no seu percurso transmite uma agradável   sensação detranquilidade, que somado à beleza do lugar, fazem da Fazenda Betrezema um local encantador para banhos de rio, observação de aves e caminhadas matinais ou noturnas.


Área de cerrado

A Fazenda Betrezema é uma das mais importantes propriedades do ciclo do leite da região, originada em consequência da expansão da ocupação humana feita pelos fazendeiros do sul de Minas que povoaram Piumhi e Pimenta nos séculos XIX e XX. Com a sede a menos de 2 km da rodovia MG-050, a propriedade é composta por terras no estado natural vegetacional de Cerrado, com matas secundárias e dois córregos significativos para sua subsistência.

Fora a referida produção pecuária, o Sr. Zezinho Oliveira possui grande criação de gado bubalino.  Além da criação de gado leiteiro, a Betrezema hoje tem registrado diversas espécies de animais da fauna silvestre, talvez devido à proximidade com o Parque Nacional da Serra da Canastra. Os proprietários mantém as características rurais da propriedade como a casa grande, o curral, a capela entre outros.
Tamandua tetradactyla

Saltator atricollis

Na intenção de praticarmos o turismo ecológico, recorremos a fazer parte das trilhas pela manhã e no fim do dia. Além da filha do proprietário, estávamos reunidos em profissionais de meio ambiente, juntamente com os biólogos do Instituto Ecológico Francaves, que deu inicio as pesquisas na região. Foi possível observar a presença de diversas espécies de aves, mamíferos e répteis como: o Tamanduá bandeira(Myrmecophaga tridactyla), o tamanduá mirim (Tamandua tetradactyla), o Sauá (Callicebus nigrifrons), o Urubu rei (Sarcoramphus papa) o Pavó (Pyroderus scutatus), a Seriema (Cariama cristata), o Galito (Alectrurus tricolor) e os lagartos Teiu (Tupinambis teguixim) e o Ameiva (Ameiva ameiva). Percorremos os trechos a pé. O que mais nos chamou a atenção, foi um rastro de felino que registramos, aumentando a importância do lugar. A fazenda está inserida em uma comunidade rural denominada Barro Preto, e da varanda de sua sede é possível avistar outras propriedades do entorno. Local de natureza exuberante, com escarpas, rios e campos.  

Vestigio de felino (NI)






Fonte: ICMBio / IEF / IEFRA / COA-RJ
Agradecimentos: Zezinho Oliveira / Barthira Oliveira /