quarta-feira, 17 de outubro de 2012

FAUNA WATCHING EM IBIRACI-MG


Wildlife Watching in Ibiraci-MG
Observacion de la vida silvestre en Ibiraci-MG
 
O cerrado brasileiro é, de longe, o principal atrativo da rota de hoje. Subir até os planaltos de Ibiraci,  em Minas Gerais, com uma altitude média de a 1.200 metros, é o objetivo de muitos observadores de fauna ou turistas que visitam a região. E não é pra menos. Todo mundo quer ver com os próprios olhos o que a natureza tem a mostrar. Há até quem arrisque caminhar pelas trilhas existentes nas fazendas ou ranchos durante a noite.
 
Placa informativa na região
 
Acesso principal asfaltado
 
E o melhor de tudo é que nós encontramos sempre por lá o nosso queridoSarcoramphus papa, nem precisamos sair muito de longe das casas que seguem o curso do Rio Grande, um dos principais componentes da Bacia do Rio Paraná. Desde 2007, com o grande auxílio do amigo e ambientalista Douglas Fernando fizemos nossa primeira aventura (aqui já relatada) em busca do tão sonhado urubu que nesta foi identificado na trilha mineira que era exclusiva de seu majestoso lar em Sacramento. Fácil é maneira de dizer, quando se caminha pelo mato. Chegar ao local depende de um veículo e muita perna para o grande calor que faz durante o dia. Existem muitos ranchos e quem conhece alguém que possua um por lá fica bem mais fácil planejar sua caminhada e conseguir autorização pra entrar nas propriedades particulares. Para mim, esse foi um dos melhores lugares para se observar a fauna de lá, sendo imprevisível a cada passo, você não sabe a surpresa que te espera. A trilha mais difícil que fiz até hoje foi a da cachoeira. Até que pra quem tem costume é moleza. Porém tem muitas pedras escorregadias e a cachoeira é muito íngreme, dificultando um pouco a subida. Acumulei uma relativa experiência em trilhas nas minhas últimas viagens pelo Brasil, e pela América do Sul, incluídos  aqui em alguns relatos antigos e outros novos por vir desde blog.
 
Trilha na cachoeira
 
Cachoeira
 
Aspécto da área alta cerrado
 
O percurso é bastante acidentado e íngreme. Mas pela estradinha principal pode-se caminhar por asfalto. Na subida de um dos morros, a gente sofre com a falta de ar por causa da altitude, já que a caminhada inteira é feita em região com mais de mil metros. Quem já andou por lá sabe que muitas espécies de animais é possível observar... como: urubus rei (Sarcoramphus papa), Pato do Mato (Cairina moschata), Seriema (Cariama cristata), Campainha azul (Porphyrospiza caerulescens), o Melro (Gnorimopsar chopi), a Águia chilena (Geranoaetus melanoleucus) o Bicudo (Oryzoborus maximiliani), o Narcejão (Gallinago undulata), o Caburé acanelado (Aegolius harrissii) e o Soldadinho (Antilophia galeata) são algumas delas. Por lá, você caminha mais um pouco afastado e pode-se observar também a Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), o Mão pelada (Procyon cancrivorus), o Macaco prego (Cebus apella), o Mico (Callitryx penicilatta), o Ratão do banhado (Myocastor coypus) além do Gato do mato (Leopardus tigrinus) e o imponente Lobo guará (Chrysocyon brachyurus). Com alguma sorte podemos ver alguns répteis e anfíbios também.  

Aegolius harrissii (Foto: C.Fadel)
 
Myocastor couypus (Foto: Anderson Carvalho)
 
Leopardus tigrinus (Foto: Zoovirtua)
 
Na margem do Rio Grande, a pé, podem-se percorrer os 8,2 km de caminhada por estradinha de asfalto, 2,4 km de subida forte pelo cerrado, ou os 390 m da cachoeira (sem subir o paredão). Mas, por isso mesmo, diz-se que, por aqui, o visual das trilhas é mais belo e calmo. Você já começa andando bem no meio das montanhas e, em quase todo o percurso, para até fotografar ou observar um animal, além de ter uma visão ampla da paisagem. Recomendadíssimo o passeio por lá.
 
Rio Grande
 
Borboleta (Foto: Cadu Amorim)
 
 
 

Fonte: Prefeitura de Ibiraci / Douglas fotos / Google / IEFRA / FURNAS/PUB
Agradecimentos: Douglas Fernando / Zoovirtual / Anderson Carvalho / C. Fadel

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